Ao assistir esse documentário, uma das frases que mais me chocou foi o namorado de Maria Clara quando diz "eu também amo a Maria Clara, que importa se ela seja de cor, se a alma dela é branca e pura, é so isso que interessa". A frase está tão carregada de preconceito que beira o absurdo, e este preconceito está enraizado até hoje, pois quantas vezes nós dizemos, quando estamos chateados com alguma coisa frases do tipo "a culpa é do neguinho" Outra frase marcante foi a da empregada que diz "eu sou criada sim eu sei, mas sou tratada como gente [...] na cor somos diferente, no coração não", e desde quando empregada não é gente? é difícil entender a aceitação de submissão e humilhação que algumas pessoas tem, como se isso fosse uma coisa normal, como exemplo temos o Toni Tornado, que aparentemente tem uma negação de racismo, não enxergado a realidade, e se dizendo profissional, mas será que ser profissional é ser cego e mudo? Porém percebe-se um ressentimento nele por terem escondido o final da novela, em que ele ficava com Porcina, será que ele estava sendo "politicamente correto" quando diz que não vê racismo? Já a desculpa de Herval Rosano para tentar justificar a escolha de Lucélia Santos para fazer a Escrava Isaura é patética, e o pior é que durante a entrevista ele lembra mais que ela estava despida (estranho né?), e pelo físico, ela não tinha nada a ver com o biótipo de uma afro-brasileira, e para a Gabriela, Avancini dizer que fez testes com 80, e não encontrou nenhuma negra com capacidade (pasmem), e ainda comparar isso a um fenômeno. Desculpem fico sem palavras. È triste, ver que isso aconteceu e acontece com negros, homossexuais (quantas vezes vimos casais de homossexuais tendo que morrer em novelas por conta de reclamações de pessoas que se denominam da "moral e bons costumes?) e outros grupos marginalizados por uma sociedade branca que ironicamente, não existe mais, pois geneticamente somos todos "misturados", não se aplicando mais o conceito de raça pois ela é apenas uma: "A Raça Humana"!
Este filme é importantíssimo, pois permite-nos fazer um link entre a problemática vivenciada pelos atores negros na teledramaturgia brasileira , e os princípios elencados por Stuart Hall no que se refere a identidade negra advinda da diáspora africana.O documentário “A Negação do Brasil”, explicita e suscita ainda uma reflexão acerca do conceito de “raça”, pois é perceptível que no histórico da teledramaturgia brasileira os papéis reservados aos atores negros são sempre de ordem secundária , e vinculados a força, a sensualidade e preguiça, caracterizando, assim, uma “raça geneticamente inferior” e desprovida de intelectualidade. Mesmo quando figura como protagonista, o negro é sempre desassociado de sua origem racial, sendo este retratado dentro de um contexto social “perfeito” onde a tensão entre os diversos grupos sociais inexiste.
Ao assistir esse documentário, uma das frases que mais me chocou foi o namorado de Maria Clara quando diz "eu também amo a Maria Clara, que importa se ela seja de cor, se a alma dela é branca e pura, é so isso que interessa". A frase está tão carregada de preconceito que beira o absurdo, e este preconceito está enraizado até hoje, pois quantas vezes nós dizemos, quando estamos chateados com alguma coisa frases do tipo "a culpa é do neguinho"
ResponderExcluirOutra frase marcante foi a da empregada que diz "eu sou criada sim eu sei, mas sou tratada como gente [...] na cor somos diferente, no coração não", e desde quando empregada não é gente? é difícil entender a aceitação de submissão e humilhação que algumas pessoas tem, como se isso fosse uma coisa normal, como exemplo temos o Toni Tornado, que aparentemente tem uma negação de racismo, não enxergado a realidade, e se dizendo profissional, mas será que ser profissional é ser cego e mudo? Porém percebe-se um ressentimento nele por terem escondido o final da novela, em que ele ficava com Porcina, será que ele estava sendo "politicamente correto" quando diz que não vê racismo?
Já a desculpa de Herval Rosano para tentar justificar a escolha de Lucélia Santos para fazer a Escrava Isaura é patética, e o pior é que durante a entrevista ele lembra mais que ela estava despida (estranho né?), e pelo físico, ela não tinha nada a ver com o biótipo de uma afro-brasileira, e para a Gabriela, Avancini dizer que fez testes com 80, e não encontrou nenhuma negra com capacidade (pasmem), e ainda comparar isso a um fenômeno. Desculpem fico sem palavras.
È triste, ver que isso aconteceu e acontece com negros, homossexuais (quantas vezes vimos casais de homossexuais tendo que morrer em novelas por conta de reclamações de pessoas que se denominam da "moral e bons costumes?) e outros grupos marginalizados por uma sociedade branca que ironicamente, não existe mais, pois geneticamente somos todos "misturados", não se aplicando mais o conceito de raça pois ela é apenas uma: "A Raça Humana"!
Este filme é importantíssimo, pois permite-nos fazer um link entre a problemática vivenciada pelos atores negros na teledramaturgia brasileira , e os princípios elencados por Stuart Hall no que se refere a identidade negra advinda da diáspora africana.O documentário “A Negação do Brasil”, explicita e suscita ainda uma reflexão acerca do conceito de “raça”, pois é perceptível que no histórico da teledramaturgia brasileira os papéis reservados aos atores negros são sempre de ordem secundária , e vinculados a força, a sensualidade e preguiça, caracterizando, assim, uma “raça geneticamente inferior” e desprovida de intelectualidade. Mesmo quando figura como protagonista, o negro é sempre desassociado de sua origem racial, sendo este retratado dentro de um contexto social “perfeito” onde a tensão entre os diversos grupos sociais inexiste.
ResponderExcluir